O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro chegou a R$ 20,1 trilhões em outubro, equivalente a 160% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (26/11) pelo Banco Central.
O avanço mensal foi de 1,3%, enquanto o acumulado em 12 meses registrou alta de 11,9%. O desempenho foi influenciado pelo aumento nos títulos públicos, nos empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e nos títulos emitidos no mercado doméstico.
As empresas responderam por R$ 6,8 trilhões do total, com crescimento de 0,9% no mês. No caso das famílias, o crédito somou R$ 4,7 trilhões, com variação de 1,3% em outubro e 11,7% em doze meses. Esse movimento foi puxado especialmente pelos financiamentos concedidos pelo SFN.
O estoque de crédito do SFN alcançou R$ 6,9 trilhões, avanço de 0,9% no mês. As operações com pessoas físicas atingiram R$ 4,3 trilhões, enquanto as com pessoas jurídicas somaram R$ 2,6 trilhões. O crédito livre chegou a R$ 4 trilhões, com queda na concessão para empresas e crescimento de 1,6% para famílias. O crédito direcionado totalizou R$ 3 trilhões, alta de 1,1% no mês.
As concessões nominais somaram R$ 690,8 bilhões em outubro. No ajuste sazonal, houve crescimento de 1,4%, sustentado pelas operações com pessoas físicas. A taxa média de juros das novas concessões foi de 31,9% ao ano, com spreads bancários de 20,8 pontos percentuais.
O custo médio do crédito, medido pelo Indicador de Custo do Crédito (ICC), ficou em 23,6% ao ano em outubro. A inadimplência acima de 90 dias alcançou 4% do total da carteira, com estabilidade nas operações de crédito livre, que permanecem em 5,3%. O índice de atraso das famílias no crédito livre foi de 6,7%.
Aumento no endividamento
Em setembro, o nível de endividamento das famílias foi de 49,1%. O comprometimento de renda acompanhou tendência de alta, alcançando 28,8% e registrando o maior patamar da série histórica.
A base monetária encerrou outubro em R$ 431,9 bilhões, com variação de 0,5% no mês. No conceito de meios de pagamento, o M1 somou R$ 614,6 bilhões, com redução nos depósitos à vista. O M2 totalizou R$ 7,2 trilhões, enquanto o M3 chegou a R$ 13,1 trilhões. Já o agregado M4 atingiu R$ 14,6 trilhões, crescimento de 10% em doze meses.
Fonte: correiobraziliense
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