Liquidação do Master: saiba como clientes e investidores serão afetados

A liquidação do Banco Master, decretada pelo Banco Central (BC), deixou muitos correntistas e investidores em dúvida sobre o destino de seus recursos. Com a medida, o banco passa a ser administrado por um liquidante indicado pela autoridade monetária, que será responsável por levantar todos os bens e dívidas da instituição e organizar o pagamento dos credores na ordem prevista em lei.

Para quem tem conta corrente, poupança ou pagamentos pendentes, os valores são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição.

No caso dos investidores, a cobertura também alcança aplicações como Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Recibo de Depósito Bancário (RDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs).

O FGC garante o valor aplicado mais os rendimentos acumulados até a data da liquidação, respeitando o limite de R$ 250 mil. O pagamento, no entanto, não é imediato. O processo só começa quando o liquidante envia ao FGC a lista completa de credores, etapa que, em liquidações recentes, levou cerca de 30 dias.

Na prática, correntistas e investidores com produtos cobertos devem receber seus valores, mas o repasse ocorre em etapas e pode levar algumas semanas.

Saldo acima de R$ 250 mil

Quando o saldo passa de R$ 250 mil, limite coberto pelo FGC, o cliente precisa se cadastrar como credor na liquidação. Esse processo será explicado no site da empresa que o Banco Central escolher como liquidante, onde também estará a lista de documentos necessários.

A regra para contas corrente e poupança é igual à dos investimentos cobertos: o FGC paga até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição. Tudo o que ficar acima desse valor não é garantido pelo FGC e entra na fila da liquidação, tanto no caso de depósitos quanto de aplicações como CDBs, RDBs, LCIs e LCAs.

O BC ainda orienta que quem tem valores acima do limite procure ajuda jurídica para entender os prazos, preparar a documentação e garantir seus direitos.

Ressarcimento

Embora haja garantia, o pagamento do FGC não ocorre imediatamente. O processo só começa quando o liquidante envia ao fundo a lista completa de credores. Esta etapa, com base em liquidações recentes, pode levar cerca de 30 dias. Somente após essa conferência é liberado o acesso aos valores cobertos.

Para pedir o ressarcimento, pessoas físicas devem usar o aplicativo do FGC, após um cadastro simples. Já pessoas jurídicas fazem a solicitação diretamente pelo site do fundo.

Depois da assinatura do termo de pedido, o FGC informa que a liberação costuma ocorrer em até 48 horas úteis, desde que não haja erros nos dados. O tempo total entre a liquidação e o pagamento pode chegar a 40 dias.

Fonte: correiobraziliense

Últimas Publicações

  • Micro Priorização | O Poder das Pequenas Decisões Estratégicas

    Em um ambiente de negócios cada vez mais acelerado e complexo, com recursos e tempo limitados, o pequeno e médio empresário (PME) não pode se dar ao luxo de gastar energia em decisões de baixo impacto. É aqui que entra a Micro Priorização &nda.. (continue lendo)

  • Tecnologia e a Humanidade Estão Mudando o Jogo das Dívidas

    Você já recebeu uma cobrança que mais parecia uma bronca? Ninguém gosta de dever, e ser cobrado de forma agressiva ou impessoal piora ainda mais a situação. A boa notícia é que o jeito de cobrar está mudando, e para muito melhor!

    .. (continue lendo)

  • Substitua o Laranjal de MEIs pelo Enquadramento Adequado

    A principal desvantagem em ter um MEI (Microempreendedor Individual) em vez de uma EPP (Empresa de Pequeno Porte) reside nas limitações que o MEI impõe ao crescimento e à estrutura do seu negócio.

    continue lendo)

  • Passo a Passo para Abrir Um MEI

    O processo de formalização do Microempreendedor Individual (MEI) é feito pelo Portal do Empreendedor (parte do portal Gov.br).

    Passo a Passo para Formalizaç&.. (continue lendo)

  • Erros Comuns na Abertura e Gestão de MEI

    O maior risco desses erros é o desenquadramento do MEI, o que obriga o empreendedor a migrar para regimes mais complexos (como Microempresa - ME) e, muitas vezes, a pagar impostos retroativos com multas.

    continue lendo)

  • Os Direitos do Trabalhador com Câncer

    Os direitos das pessoas com câncer perante a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Brasil são abrangentes e visam oferecer suporte durante o tratamento.  

    continue lendo)

  • Outubro Rosa | Direitos da Mulher com Câncer

    Além dos direitos trabalhistas e previdenciários comuns a todas as pessoas com câncer (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, saque de FGTS/PIS, etc.), a mulher com câncer, especialmente de mama e colo do útero, possui direitos específicos garantidos pela .. (continue lendo)

JW Contabilidade © - Todos os direitos reservados. | Desenvolvido por TBrWeb